segunda-feira, 7 de setembro de 2009



Se fosse fácil encontrar no caminhar a chave para desvendar a lógica sequencial da caminhada, aí talvez pudéssemos desvendar o mistério por trás desta obra de Alexandre Moraes e, por conseguinte, da poesia como um todo. É uma obra fresca, dedicada àqueles que queiram caminhar junto com ela, pois como dito no título trata-se do raro ofício de dar conta de um maquinismo que só se mostra no seu acionamento. Não quer dizer que seja uma tarefa para especialistas. Andar exige contrabalancear-se no equilíbrio do mundo, girar no giro da Terra, medir-se com o vento, mas todos compreendem isso desde cedo, pois desde cedo quiseram chegar a algum lugar. É preciso abrir-se, portanto, ao que a poesia sempre pode nos trazer de surpreendente, como sempre estivemos sujeitos ao que encontraríamos no outro lado dos caminhos.



Márcio-André